quarta-feira, 31 de agosto de 2022

37 ribeirãopretanos disputam Eleições 2022

37 ribeirãopretanos disputam Eleições 2022

Nomes já conhecidos e novos rostos da política da Região Metropolitana de Ribeirão Preto concorrem a deputado estadual ou federal nas Eleições 2022

Faltam pouco menos de dois meses para as eleições gerais deste ano e Ribeirão Preto e região já têm representantes da política local registrados na corrida por uma cadeira nos parlamentos estadual e federal. De acordo com apuração da Revide, feita a partir de bancos de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e usando como critério a base eleitoral nas cidades da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), pelo menos 48 candidatos da região estão no páreo pelas bancadas paulistas; 34 para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e 14 para a Câmara dos Deputados, em Brasília.

 

As movimentações internas para a escolha de postulantes e o ato público de registro das candidaturas junto ao TSE terminaram no dia 15. Somente no aglomerado de municípios da RMRP, são 1.207.743 eleitores, sendo Ribeirão Preto o maior colégio (467 mil votantes), de acordo com a Justiça Eleitoral. Não à toa, o município possui o maior número de candidatos de toda a região: 37 ribeirãopretanos, contra 11 espalhados por outras cidades.

 

Dentre os candidatos registrados por Ribeirão Preto, alguns postulantes já haviam sido eleitos em 2020. É o caso de oito vereadores da Câmara Municipal, que podem disputar as eleições de 2022 sem deixarem os cargos como legisladores ribeirãopretanos. Compõem a “Turma da Câmara” os candidatos a deputado federal Lincoln Fernandes (PDT), Marcos Papa (Podemos), Isaac Antunes (PL) e Gláucia Berenice (Republicanos). Os vereadores Renato Zucoloto (Progressistas), Maurício Gasparini (União Brasil), Ramon Faustino (PSOL) e Duda Hidalgo (PT) também estão na corrida, sendo postulantes a deputado estadual.

 

O número de vereadores de Ribeirão Preto disputando as eleições de 2022 quadruplicou em relação a 2018, quando apenas Papa e Gasparini foram candidatos. Já Ramon Faustino e Duda Hidalgo estão em seus primeiros mandatos pela Câmara. Para o cientista político Luiz Rufino, o movimento dos vereadores é natural, sendo usado para corrigir demandas junto ao povo e manter os nomes ‘em alta’. Por outro lado, o professor pontua que podem surgir desconfianças do público sobre quão concretas são as disputas por cargos maiores. “Do ponto de vista da efetividade, a tentativa de alçar novos voos parece bastante duvidosa. Para o eleitor, resta somente lamentar que essas aventuras sejam sustentadas pelo famigerado fundo eleitoral”, critica Rufino. O ‘fundão’ é de R$ 5,7 bilhões para este ano.

 

Enquanto muitos querem seguir para novos cargos ou continuar onde estão, outros genuinamente utilizam as eleições de 2022 como ‘balão de ensaio’ para o futuro. O sistema eleitoral brasileiro facilita esses testes, segundo Luiz Rufino, gerando uma proximidade forçada com o público. “Isso ocorre sem que os que já ocupam cargos coloquem a ‘pele em risco’, pois não perdem seus mandatos. As eleições de dois em dois anos acarretam certa positividade no tocante à manutenção dos atuais mandatos, porque acabam aproximando obrigatoriamente esses políticos do eleitorado”, ressalta Rufino.


Dança das cadeiras

Todos os seis deputados que possuem base eleitoral em Ribeirão Preto e região estão na disputa pela reeleição em 2022. Para continuarem em Brasília, concorrem Ricardo Silva (PSD), Baleia Rossi (MDB) e Arnaldo Jardim (Cidadania); na corrida para manterem uma cadeira em São Paulo, na Alesp, estão Rafael Silva (PSD) e Léo Oliveira (MDB). A eleição dos deputados é feita através do sistema proporcional, em que o candidato não depende apenas dos próprios votos, mas também do desempenho do partido. No caso de um partido não superar o quociente eleitoral (divisão de votos válidos pelo número de vagas disponíveis), ele ficará fora das bancadas parlamentares.


Para 2022, uma situação curiosa na região: pela primeira vez, o PSDB, partido do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, não terá nenhum candidato 100% ribeirãopretano. A estratégia adotada pelo diretório local e pelo chefe do Executivo local para manter a base regional de eleitores foi recorrer a lideranças do entorno. Gláucia Berenice (Republicanos) foi a primeira a deixar o partido, ainda nas eleições de 2020, com uma passagem pelo Democratas (hoje, União Brasil); por outro lado, Maurício Gasparini (União Brasil) saiu do PSDB na janela partidária deste ano.

 

Nas eleições de outubro, Nogueira apoiará para deputado estadual o ex-prefeito de Cravinhos, José Carlos Carrascosa dos Santos, o “Boi” (PSDB); já para federal, Arnaldo Jardim (Cidadania) é o escolhido para receber apoio dos tucanos, tendo em vista a federação que as duas legendas formam a nível nacional. O cientista político Luiz Rufino analisa a situação do PSDB de Ribeirão Preto como apenas um reflexo da renovação dos diretórios estaduais e federais. “Essa substituição dos antigos quadros pode ser notada na convenção do partido em São Paulo, pela primeira vez, não estavam presentes ‘peixes grandes’, como Aloísio Nunes, Fernando Henrique Cardoso e José Serra”, pontua Rufino.

 

Bancadas paulistas

CÂMARA DOS DEPUTADOS (Brasília):

- 513 deputados federais

- 70 vagas para São Paulo

- Maior bancada entre todos os estados + DF

 

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO (ALESP)

- 94 deputados estaduais

- Maior assembleia entre todos os estados + DF

 

Ordem da votação

No primeiro turno, no dia 2 de outubro, os eleitores votarão em candidatos para os seguintes cargos: 1º deputado federal; 2º deputado estadual; 3º senador; 4º governador; 5º presidente. Caso haja segundo turno, a ordem será: 1º governador (se houver segundo turno); 2º presidente (se houver segundo turno).

 

Candidatos a deputado federal pela Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP)

 
CANDIDATOPARTIDOCIDADE
Antônio Alberto MachadoPTRibeirão Preto
Arlindo ChinagliaPTSerra Azul
Arnaldo JardimCidadaniaRibeirão Preto
Baleia RossiMDB  Ribeirão Preto
Beatriz ReisPRTBRibeirão Preto
Coronel NusquePTBRibeirão Preto
Fernando ChiarelliPatriotaRibeirão Preto
Gláucia BereniceRepublicanosRibeirão Preto
Isaac AntunesPLRibeirão Preto
Lincoln FernandesPDTRibeirão Preto
Luciano MegaAvanteRibeirão Preto
Marcos PapaPodemosRibeirão Preto
Ricardo SilvaPSDRibeirão Preto
Sargento ClementeUnião BrasilRibeirão Preto
Zu SantoroPodemosRibeirão Preto

 

Candidatos a deputado estadual pela Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP)

CANDIDATOPARTIDOCIDADE
Alan GiraiaAvanteRibeirão Preto
Angela Russo Puccia de LimaPatriotaJardinópolis
Capitão BrazPLRibeirão Preto
Carlos "Alemão da Assojuris"PTRibeirão Preto
Carol ZaniratoNovoRibeirão Preto
Claudio JacaréSolidariedadeRibeirão Preto
Coronel UsaiPRTBRibeirão Preto
Diego WolgPSCRibeirão Preto
Dr. Cláudinei LuísUnião BrasilSertãozinho
Dr. Elvio PinottiPodemosRibeirão Preto
Duda HidalgoPTRibeirão Preto
Emilio CuryNovoRibeirão Preto
Fábio ZanNovoRibeirão Preto
Fran TrianiUnião BrasilRibeirão Preto
Ivan PauloNovoJardinópolis
Jose Carlos Carrascosa "Boi"PSDBCravinhos
Ju SalvettiRedeRibeirão Preto
Leandro FrancoisCidadaniaRibeirão Preto
Leo OliveiraMDBRibeirão Preto
Marcelo MoraesPTBPitangueiras
Maria EugêniaPDTRibeirão Preto
Maurício GaspariniUnião BrasilRibeirão Preto
Pastor JosiasPSDSertãozinho
Paulo CassiolatoPPSerrana
Rafael SilvaPSDRibeirão Preto
Ramon FaustinoPSOLRibeirão Preto
Raul VicentiniPSDBatatais
Regina RhodriguesPMBRibeirão Preto
Renato ZucolotoPPRibeirão Preto
Rodrigo JunqueiraPatriotaRibeirão Preto
Soraia do BancoUnião BrasilSão Simão
Souza JúniorPRTBRibeirão Preto
Valmir RosaCidadaniaSerrana

 

No dia da eleição

O QUE PODE: levar a “cola” com o número dos candidatos em que vai votar; vestir camisetas, adesivos, broches do partido do candidato preferido; no caso de fiscal de seção, estar identificado com o crachá do partido.

 

O QUE NÃO PODE: fazer propaganda eleitoral; descartar panfletos ou publicidade eleitoral em locais públicos; aglomeração e manifestação coletiva (comício, carreata e afins); coação por representantes de partidos ou candidato; impulsionar conteúdos de candidatos via internet.

 

Voto auditado

- No dia da eleição, tudo começa quando a urna, lacrada, é ligada pelo mesário, e ele imprime a “zerésima” – comprovante de que não há votos computados no equipamento.

 

- A partir das 8h (horário de Brasília), inicia-se a votação nas milhares de seções eleitorais espalhadas pelos 5.578 municípios brasileiros.

 

- Às 17h (horário de Brasília) é encerrada a votação. O mesário finaliza a urna eletrônica e imprime cinco vias do Boletim de Urna (BU), com o número de votos registrados para cada candidato. Um deles é colado na porta da seção eleitoral, e qualquer pessoa pode acessá-lo, inclusive por meio de um QR Code impresso no documento.




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